Redes sociais – O recanto das minorias

Na onda do feminismo e da causa LGBT, outros movimentos também buscam sua afirmação

Por Ana Raquel Périco Mangili.

A internet e as redes sociais emergiram, no século XXI, como importantes ferramentas de discussão política e social. Dois dos movimentos por igualdade de direitos que encontraram na rede seus espaços de ativismo foram o Feminismo e a causa LGBT. Porém, existem outros grupos (inclusive que podem se situar dentro dos citados acima) cujo alcance dos debates vêm sendo ampliados com a criação de páginas representativas em redes sociais como o Facebook.

Cristal Silva, 18 anos, é criadora da página Transfeminismo+. Abordando a representatividade das pessoas transgêneras dentro do movimento feminista, ela comenta sobre as dificuldades de mobilização dessa minoria e que a motivaram ao desenvolvimento de tal projeto. “É difícil organizar pessoas trans, principalmente por estarem em grande maioria se prostituindo para sobreviver, mas eu avalio como positivo quando ocorrem organizações em coletivos e em lutas cotidianas. Hoje eu vejo que estamos ganhando uma mínima voz na sociedade e em debates, e isso é fruto das lutas de nossas companheiras”.

O preconceito ainda é presente no cotidiano dessas minorias e também nas manifestações em suas mídias sociais. Cristal recebe mensagens de apoio, mas também várias outras hostis. “Surgem ataques, principalmente vindo de outras vertentes feministas que negam a identidade das pessoas trans. Mas, no geral, eu recebo mais dúvidas e desabafos, e eu estou aqui para isso, para dar suporte a essas pessoas que necessitam”, diz.

Já Daisy Pereira, também com 18 anos, é idealizadora da página Vale dos Assexuais e de vários outros projetos da área em conjunto com amigos. Seu foco é o reconhecimento da assexualidade como orientação e a busca por mostrar a invisibilidade de algumas identidades dentro do movimento. “Já recebemos mensagens de apoio de pessoas dizendo que gostam dos nossos textos e que eles ajudam a conhecer identidades invisíveis do meio LGBT+. Também mandam mensagem pedindo ajuda para se descobrirem assexual”, comenta.

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