Devido a pandemia, diversos departamentos televisivos foram afetados ao mesmo tempo em que programas de streaming se expandem
Por Sarah Gomes
O ano de 2020 está marcado por cortes significativos nas emissoras brasileiras. Grandes nomes da teledramaturgia, jornalismo e equipes de produção tiveram contratos interrompidos. A crise econômica impulsionada pela pandemia de coronavírus afetou a dinâmica dessas empresas. Gravações de produtos foram interrompidos e eventos esportivos pausados.
Nesse aspecto, a reestruturação das emissoras é importante para reduzir os impactos do período. Contudo, nem todas conseguiram manter o padrão de qualidade e lucro. No SBT, as demissões e a aquisição dos direitos de transmissão da Copa Libertadores da América aumentaram os rumores sobre dificuldades financeiras enfrentadas pela casa. A companhia rompeu contratos em seu time de produção e estrelas. Maisa Silva e Lívia Andrade foram algumas delas.
Em contra partida, a intenção da emissora são as recontratações de parte desses profissionais quando as gravações voltarem. Como é o caso do elenco da novela “As Aventuras de Poliana” e os apresentadores do “Esquadrão da Moda”.
Em entrevista, Jorge Nóbrega conta que “a Globo vivenciou o impacto da pandemia de forma expressiva, por conta da redução dos anúncios e cancelamento dos eventos esportivos”. A empresa carioca optou por gerenciar o momento abrindo mão de direitos no esporte, substituindo contratos longos por contratos por obra e investindo no GloboPlay. Entretanto, essas estratégias já estavam previstas no projeto “Uma Só Globo”, com o objetivo de ampliar as experiências do público ao unir a TV ao digital.
Para isso, a emissora redirecionou seus investimentos no serviço de streaming, incluindo novos filmes, séries e novelas antigas no catálogo, aumentando o número de assinantes durante a pandemia. Para Marcelo Bueno, a tendência é “todos os canais de TV possuírem a sua própria plataforma multimídia, pois as pessoas querem escolher quando e qual programa assistir. A diversidade de telas impulsionou o consumo individual de conteúdo tornando os espectadores mais exigentes. Por isso existe a necessidade de se dedicar em maior volume e diversidade de produções no streaming”.
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